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Após polêmicas, Lulu fica indisponível nas lojas brasileiras

Após polêmicas, Lulu fica indisponível nas lojas brasileiras

A empresa Luluvise, responsável pelo polêmico aplicativo Lulu, desistiu – ao menos temporariamente – de oferecer seu aplicativo no mercado brasileiro.

Desde o final de dezembro, segundo a própria companhia, o programa tornou-se indisponível nas versões locais da App Store e Google Play. A reportagem não conseguiu acesso ao Lulu, nesta sexta-feira (17), ao buscá-lo nessas duas lojas online.

A remoção se deu logo depois que o app mudou sua política de uso, perdendo o principal apelo: a possibilidade de as mulheres avaliarem anonimamente todos os seus amigos do Facebook.

O programa continua disponível nas lojas internacionais de aplicativos, e a Luluvise nega ter desistido do Brasil. “Estamos renovando o produto e voltaremos em breve”, afirmou em entrevista por e-mail Deborah Singer, diretora de marketing da empresa. Ela e Alexandra Chong, criadora do Lulu, estiveram no país em novembro para o lançamento da versão brasileira do app. Na ocasião, anunciaram que estavam contratando funcionários para a operação local.

Deborah não comenta se as contratações foram congeladas ou se serão mantidas. Em novembro, ela afirmou que Brasil é o um mercado propício para esse tipo de ferramenta, pois a adesão às redes sociais é muito grande e as mulheres são “early adopters” (aderem cedo a novas tecnologias). “Sabíamos que o aplicativo faria sucesso no Brasil, mas não tão rápido”, afirmou na ocasião.

Com a mudança nos termos de uso, anunciada em 16 de dezembro, só ganhariam notas aqueles homens que estivessem dispostos a serem avaliados. Isso fez o interesse pelo Lulu despencar, e o programa ficou praticamente esquecido até esta quinta-feira (16), quando foi anunciada uma decisão da Justiça desfavorável à ferramenta.

O Lulu foi criado em fevereiro de 2013, nos Estados Unidos. A ideia surgiu em um encontro de Alexandra com as amigas, depois do dia dos namorados (comemorado em 14 de fevereiro nos EUA), quando elas passaram horas conversando. Alexandra teria percebido que ao falar sobre homens, o tom da conversa mudava – foi aí que viu uma oportunidade.

A ferramenta diz ter o objetivo de dar poder às mulheres para elas tomarem decisões inteligentes em relação aos homens.

Para a versão local, as hashtags (frases marcadas pelo símbolo #) brasileiras foram criadas e adaptadas por uma agência de mídia digital. Entre elas, estavam #NãoSabeApertarUmParafuso, #NãoÉBabaca, #UsaRider e #AmigoDoEx.

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VEJA FOTOS DO APLICATIVO LULU:

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