A música foi lançada neste ano no primeiro CD do grupo, Vem ne mim, com 12 faixas autorais e também faz parte de um EP com os quatro principais hits da banda, que inclui outro sucesso, a canção A minha mãe deixa. Mas foi graças ao clipe, publicado em 19 de dezembro no YouTube, e ao empurrãozinho do blogueiro brasiliense Hugo Gloss, que divulgou a música em sua playlist carnavalesca, que o vídeo foi assistido mais de 1 milhão de vezes na plataforma e tornou o refrão “pega a metralhadora/tra-tra-tra-tra-tra” conhecido em boa parte do Brasil.
“Na semana passada, chegamos a 1 milhão de visitantes. Fico muito feliz com o que está acontecendo. Contei com a ajuda de várias pessoas para isso: Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Hugo Gloss, Anitta… Todos eles postaram o vídeo, cantaram, dançaram… Eles dão esse empurrão e a coisa aconteceu meio que por osmose, naturalmente”, define Tays Reis.
A temática feminista faz parte da Banda Vingadora desde o início, a começar pela aposta no ritmo chamado arrochadeira, uma mistura do pagode baiano com o arrocha. “O poder da mulher está também na questão musical. Estamos quebrando barreiras mesmo e mostrando a arrochadeira”, diz. Antes, a única mulher que incorporava o estilo unindo ao tradicional axé era Mari Antunes, a nova vocalista do Babado Novo. “Os grandes nomes da arrochadeira são os homens… Neto LX, Gasparzinho… Até o nome da banda tem essa pegada. É a vingança musical das mulheres”, completa.
Outro grande diferencial da Banda Vingadora é a incorporação do violino ao som elétrico do paredão nas arrochadeiras de Tays Reis. A ideia ao criar o grupo foi exatamente inovar ao incluir o instrumento da música clássica. “Quando a gente montou a banda, queríamos pensar em algo diferente, algo que só a gente tivesse. Daí veio o ‘violino do poder’. A gente misturou a música clássica com a arrochadeira”, afirma a cantora. O violino do poder, como ficou conhecido o som do instrumento nas faixas, é de autoria do músico Dan Rodrigues.