Ayanna Tenório era vice-presidente do Banco Rural na época em que o escândalo do mensalão foi desvendado, tendo participado do esquema no núcleo operacional e financeiro, ao lado de Katia Rabello, José Roberto Salgado e Vinicius Saraname. Todos os três desempenhavam funções no Banco Rural.
Segundo o MP, Ayanna Tenório teria entrado mais tarde no esquema do mensalão, quando assumiu o cargo de vice-presidente, após a morte de José Augusto Dumond, apontado pelos réus do núcleo financeiro como o único responsável pelas fraudes. Perícia contábil revelou que Ayanna assinou renovações dos empréstimos fictícios com as empresas de Marcos Valério.
No entanto, após julgamento, foi inocentada pelo Supremo Tribunal Federal das acusações de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, em 2012.
Para aqueles que ainda não conseguiram entender o que foi o esquema do mensalão, ele foi descoberto, em junho de 2005. O PT havia montado um gigantesco esquema de compra de votos de deputados na Câmara Federal, para aprovar projetos do governo. O escândalo ficaria eternizado no vocabulário político brasileiro como mensalão. Cada deputado custava cerca de 30 000 reais ao mês. A fatura era paga com dinheiro público, desviado por um esquema criado por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e pelo publicitário e lobista Marcos Valério, sob o comando do então ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Feito por Marília Rocha
Condenados do Mensalão – Ayanna Tenório
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