Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, participou do esquema que ficou nacionalmente conhecido como mensalão, prestando apoio ao núcleo publicitário-operacional, controlado por Marcos Valério.
Pizzolato teria autorizado o adiantamento de 74 milhões de reais à DNA Propaganda, de Marcos Valério, por serviços publicitários prestados à Visanet (da qual o BB é sócio), em 2003. Na prática, desviou também dinheiro público para as contas de Valério. Disse ter sido autorizado por Luiz Gushiken e Cássio Casseb.
Teria recebido, além disso, mais de R$ 300 mil em espécie.
Era também militante do PT desde sua fundação, presidente da CUT e diretor da Previ antes de assumir diretoria no Banco do Brasil.
Antecipou a aposentadoria após envolvimento no mensalão.
Foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Também foi condenado ao pagamento de multa no valor de 1,31 milhão de reais.
Teve sua prisão decretada pelo STF em novembro de 2013, mas, no dia seguinte, seu advogado informou à Polícia Federal que o ex-diretor do BB, aproveitando-se da cidadania italiana, fugira para Itália há 45 dias. No país europeu Pizzolato tentava um novo julgamento. Registrou ele em nota: “Por não vislumbrar a mínima chance de ter um julgamento afastado de motivações político eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itália, em um tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial”.
Foi capturado pela polícia italiana, em operação conjunta com a Polícia Federal, após quatro meses de fuga, em 5 de fevereiro de 2014. Foi preso na cidade de Maranello, no norte da Itália, onde vive um familiar.
Para que tudo isso fosse possível, Pizzolato falsificou carteira de identidade, CPF, título de eleitor e dois passaportes – um brasileiro e outro italiano. Os documentos foram forjados em nome de Celso Pizzolato, irmão do fugitivo e morto há 35 anos. O passaporte italiano falso permitiu a fuga do criminoso de Buenos Aires, na Argentina, para Barcelona, na Espanha.
Feito por Marília Rocha
Condenados do Mensalão – Henrique Pizzolato
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