Paulo Rocha era deputado federal (PT/PA) na época em que o escândalo do mensalão foi desvendado, tendo participado do esquema no núcleo político partidário do PT, ao lado de João Paulo Cunha, João Magno e Anita Leocádia.
O deputado federal tinha seu nome na lista de pagamentos do mensalão. Sacou 920.000 reais do valerioduto – destes, recebeu 600.000 por meio de Anita Leocádia, outra ré no processo que corre no STF. Seu patrimônio cresceu 1248% entre os anos de 2002 e 2006.
Paulo Rocha confirmou ter recebido R$ 620 mil de Marcos Valério, mas nega crime, alegando que o dinheiro era uma ajuda do partido para o pagamento de dívidas de campanha.
Temendo a cassação, renunciou ao cargo, em 2005, para não perder seus direitos políticos.
Reelegeu-se nos dois pleitos seguintes e segue na Câmara até hoje. No julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, foi absolvido da acusação de lavagem de dinheiro.
Para aqueles que ainda não conseguiram entender completamente o que foi o esquema do mensalão, ele foi descoberto, em junho de 2005. O PT havia montado um gigantesco esquema de compra de votos de deputados na Câmara Federal, para aprovar projetos do governo. O escândalo ficaria eternizado no vocabulário político brasileiro como mensalão. Cada deputado custava cerca de 30 000 reais ao mês. A fatura era paga com dinheiro público, desviado por um esquema criado por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e pelo publicitário e lobista Marcos Valério, sob o comando do então ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Feito por Marília Rocha
Condenados do Mensalão – Paulo Rocha
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