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Deixar o celular um pouco de lado ajuda a melhorar relações

Deixar o celular um pouco de lado ajuda a melhorar relações

Esta ficando cada vez mais difícil avaliar se a frequência do uso do celular está passando dos limites e te tornando refém das mensagens, ligações e dos aplicativos móveis.

Essa conectividade é tão grande que é muito comum observar pessoas utilizando ativamente o celular mesmo em situações que são consideradas de contato pessoal, como em festas, barzinhos, e nas rodas de amigos. Para enfrentar esse “vício tecnológico”, muitos bares vêm utilizando soluções criativas para fazer o público deixar o celular de lado. Em São Paulo, um bar tradicional desenvolveu o copo off-line, que só fica de pé na mesa se estiver apoiado sobre um celular. Todas essas iniciativas vêm responder a novas necessidades, típicas de uma sociedade conectada, em que o número de pessoas que só saem de casa com o telefone móvel não para de crescer.

O aparelho que antes tinha função principal de facilitar a comunicação, hoje já é utilizado como um “computador de bolso”.

Segundo a psicóloga Rosa Maria Farah, coordenadora do NPPI (Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática) da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) “Por conta dos aplicativos, os smartphones têm funções lúdicas, que carregam um aspecto de novidade e despertam a criança que vive dentro do usuário”, diz.

E com tanto envolvimento fica cada vez mais difícil avaliar se aquela espiadinha no celular ao longo do dia, que pode, inclusive, interromper outras atividades importantes, acrescenta algo relevante ou já é parte de um comportamento vicioso.

E, é claro, que isso pode influenciar totalmente nas relações sociais do indivíduo. Tanto nas relações com o próximo, quanto nas relações dos indivíduos consigo mesmo, como explica Rosa Maria Farah, “Fala-se muito que a tecnologia interfere na relação com o outro, mas ela também influencia na relação do indivíduo consigo mesmo. O tempo dedicado para se perder nas próprias ideias, sentimentos, refletir sobre o cotidiano está cada vez menor. E isso interfere no desenvolvimento pessoal, já que não encontramos espaço para avaliar ideias, posturas, valores e as expectativas de vida”, diz.

É por isso que é preciso estabelecer limites para o uso dos smartphones. O mais importante, segundo Rosa, é dar atenção às prioridades. Se você utiliza um celular corporativo e já trabalhou o dia todo, tem todo direito de, quando chegar em casa, não atender à uma demanda profissional que não considere urgente. Da mesma maneira, uma estratégia interessante para os celulares pessoais é desativar as notificações dos aplicativos para reduzir o tempo de uso deles. “É você quem escolhe como utilizar o celular, e não o contrário”, diz a psicóloga.

Feito por Marília Rocha

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viciados em celulares

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