A reportagem do programa Brasil Urgente, da Band, conseguiu seguir o assassino em um dia típico de sua jornada. Após deixar sua casa, em São Paulo, ele usa o transporte público para ir ao Centro, vestido com um casaco laranja que mais parece uma capa e segurando uma espécie de cajado.
Com duas bolsas a tiracolo, ele revira diversos sacos de lixo pelo caminho e, quando encontra o que procura, coloca o objeto em uma delas.
Farah Jorge Farah assassinou sua paciente e amante, Maria do Carmo Alves, de 46 anos, dentro de seu consultório no dia 23 de janeiro de 2003. O primeiro júri sobre o caso, concluído em 2008 com uma sentença de 13 anos de cadeia, foi anulado em 2008. No segundo julgamento, finalizado em maio deste ano, ele foi novamente condenado, desta vez a 16 anos de prisão.
Como estava em liberdade quando aconteceu o segundo julgamento, a Justiça entende que ele pode recorrer da sentença em liberdade.
Ao observar as imagens, o promotor André Bogado, que participou do júri que condenou Farah, lembra com ironia que a busca do condenado pelas ruas de São Paulo guarda uma semelhança com o crime. “Acho que ele se acostumou com o lixo, porque ele colocou o corpo da vítima, quando a esquartejou, dentro de cinco sacos de lixo, exatamente como se vê aí.”