“Uma primeira leitura dá a entender que o copiloto usou o piloto automático para descer o avião para uma altitude de 100 pés e, depois, em várias ocasiões durante a descida, modificou as instruções do piloto automático para aumentar a velocidade do avião”, indicou em comunicado o gabinete francês do Escritório de Investigações e Análises (BEA).
A caixa, encontrada ontem (2), escurecida pelo fogo e enterrada na montanha, foi transportada para Paris. Sua análise começou imediatamente. “Os trabalhos para determinar a sequência precisa de acontecimentos durante o voo continua”, disse o BEA.
A investigação do acidente do avião Germanwings, baseada até agora na análise do áudio do cockpit registadas na primeira caixa preta, concluiu que o copiloto provocou deliberadamente o acidente, que causou a morte a 150 pessoas, ao ficar sozinho no cockpit e bloquear a porta do compartimento para impedir a entrada do piloto. Cockpit é o termo em inglês para a cabine da qual os pilotos comandam a aeronave.
A promotoria alemã revelou recentemente que o copiloto Andreas Lubitz, responsabilizado pelo acidente, foi tratado de tendências suicidas “no passado”, mas que suas recentes visitas médicas não mostraram tais tendências.
As investigações continuam. Segundo a polícia de Düsseldorf, o processo de identificação das vítimas do avião demorará algumas semanas, devido ao cuidado necessário e a necessidade de esperar o término da operação de resgate no local. A comissão especial para o caso, com cem funcionários, trabalha na identificação das vítimas e também na investigação das possíveis causas do acidente aéreo.
Fotos Acidente Aéreo na França
Feito por Marília Rocha