O Estado de Nova York tornou-se, no início deste mês, o 21º nos Estados Unidos a permitir o consumo da maconha para fins medicinais. Também em janeiro, a França aprovou o Sativex, medicamento à base de seu princípio ativo para tratar sintomas da esclerose múltipla.
Antes, o Estado do Colorado, nos EUA, liberou sem restrições o consumo da droga. Sem falar no Uruguai que, no fim de 2013, permitiu que qualquer cidadão maior de 18 anos cultive a maconha para consumo pessoal.
Maconha medicinal poderá ser tão importante quanto a penicilina
O psiquiatra Lester Grinspoon, 86, autor de um dos primeiros artigos a desmistificar os males da maconha, “Marihuana”, publicado em dezembro de 1969, na revista “Scientific American”, condena a proibição da droga.
Ele ainda luta para que descobertas a respeito da droga sejam conhecidas, como o fato de, segundo ele, a Cannabis ser o remédio menos tóxico já registrado na literatura médica com potencial terapêutico para uma infinidade de doenças.
Segundo ele, quando cientistas começarem a testar diferentes formulações dos subprodutos da maconha, novas aplicações devem surgir. “Ela será a maravilha do nosso tempo, como foi a penicilina no passado”, diz.
Grinspoon afirma que a maconha já foi utilizada para curar diversas doenças, como depressão e é um excelente tratamento para dor de cabeça. O psiquiatra conta que a utiliza sempre à noite, para relaxar: “Mas para algumas pessoas e alguns casos eu aconselho dar um trago e não dar outro em seguida -esperar dois minutos e sentir o efeito. Para aliviar a dor de cabeça, por exemplo, eu preciso repetir esse procedimento cinco vezes.”
Quando perguntado sobre as restrições ao uso da droga, Grinspoon afirma que pessoas com o cérebro em formação, abaixo dos 22 anos, deveria evitá-la, embora não haja nenhum estudo analisando seu efeito em menores.
Fonte: Folha de S. Paulo
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