Desde que a pílula anticoncepcional foi inventada, há mais de 50 anos, muitas fórmulas e métodos foram se desenvolvendo com objetivo de bloquear a fertilidade.
São muitas opções e fica complicado escolher o que melhor se encaixa com suas necessidades e com as características de seu corpo. A ginecologista Angela Maggio da Fonseca, professora livre-docente da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação das Mulheres Médicas ressalta a importância de conversar sempre com um profissional especialista. “Sem a orientação adequada, essas pacientes talvez não possam usufruir de todos os benefícios e garantias do método.”
A orientação de um profissional de saúde é imprescindível. Se a decisão recair sobre a pílula – opção de 59% das brasileiras, segundo uma pesquisa realizada pelo laboratório MSD no final de 2011 –, há uma enorme variedade de combinações hormonais no mercado.
Uma dessas opções são as pílulas combinadas de estrogênio e progestagênio – derivado sintético da progesterona –.
Esse é o método contraceptivo mais empregado no mundo, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Juntos, esses dois hormônios inibem a ovulação, além de alterar a espessura do muco cervical, dificultando o caminho para os espermatozoides. ”As versões modernas trazem grandes avanços”, explica o médico Nilson Melo. ”As primeiras pílulas combinadas tinham dez vezes mais estrógeno e 164 vezes mais derivado da progesterona”. Graças à quantidade reduzida de hormônio, as pílulas de baixa dose levam vantagem sobre suas antecessoras por causar menos efeitos adversos, como inchaço, dor de cabeça e inibição do desejo sexual. Costumam vir em cartelas com 24 comprimidos, que devem ser ingeridos todo dia, de preferência no mesmo horário. Depois, a mulher faz uma pausa de quatro dias e começa uma nova cartela.
Esse método, no entanto, não é recomendado para fumantes com mais de 35 anos, pacientes com hipertensão e algumas doenças cardíacas.
Como alternativa, existe também a pílula com um só hormônio, derivado da progesterona, para aquelas que devem evitar o estrógeno: mulheres que estão amamentando, que fazem tratamentos de longa duração com pílula, portadoras de problemas hepáticos ou simplesmente que não toleram o inchaço que esse hormônio pode provocar. Os dois tipos de pílula têm a mesma eficácia, acima de 99%, se usadas direitinho. ”Se a mulher se esquece de tomar, a eficiência cai”.
Feito por Marília Rocha
Métodos contraceptivos modernos – pílula
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