Em nota, órgão diz que abastecimento de combustível é ‘serviço essencial’.
Promotoria apura se caminhoneiros estão sendo impedidos de trabalhar.
A paralisação
Desde segunda, os motoristas de caminhões-tanque paralisaram as atividades em protesto contra as restrições de circulação na Marginal Tietê e em outras vias do Minianel Viário. Os caminhões estão proibidos de trafegar nessas vias das 5h às 9h e das 17h às 22h de segunda a sexta e das 10h às 14h aos sábados.
Na terça, um gabinete de crise começou a funcionar para garantir a entrega de gasolina, diesel e etanol. Caminhões saíram de refinarias escoltados pela PM. Um dos primeiros lugares a receber combustível foi o Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.
O Ministério Público do Estado de São Paulo informou na noite desta quarta-feira (7) que vai apurar irregularidades na paralisação dos caminhões que transportam combustível na Grande São Paulo. Segundo o órgão, o abastecimento é um serviço essencial e “insuscetível de greve”.
A Prefeitura de São Paulo obteve na terça-feira (6) uma decisão judicial determinando a volta da distribuição do combustível. Nesta quarta, contudo, sindicatos ligados às distribuidoras e aos postos de combustíveis reclamaram que os caminhoneiros estão sendo impedidos de deixar os pátios pelos grevistas.
Em nota, o Ministério Público disse que vai apurar o fato. O desabastecimento tem “graves consequências sociais, ao serviço de transporte e tráfego, em eventuais gastos desnecessários do poder público e da população, de interesse difuso ou coletivo, vitimando a população paulistana”, informou a Promotoria.