Segundo boletim médico divulgado pelo hospital, Bastos teria sido internado na terça-feira (18) para tratamento de descompensação de fibrose pulmonar, mas não resistiu.
Sabe-se que ele será velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, das 15h desta quinta às 8h desta sexta-feira (21). Em seguida, seguirá para o Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, Grande São Paulo, onde será cremado ainda no início da manhã.
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que a presidente Dilma Rousseff viajou para São Paulo para participar do velório.
Bastos era um dos advogados criminalistas mais influentes do país. Sua reputação era tão boa que
foi convidado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para compor a equipe do primeiro mandato, comandando o Ministério da Justiça entre 2003 e 2007.
Mesmo depois de deixar o ministério, continuou em evidência ao atuar em casos de grande repercussão nacional. Atuou, por exemplo, no julgamento do processo do mensalão, no Supremo Tribunal Federal, em 2012. Na ocasião, defendeu o ex-vice-presidente do Banco Rural, José Salgado.
A acusação dos assassinos de Chico Mendes, do cantor Lindomar Castilho e do jornalista Pimenta Neves são outros trabalhos de repercussão nacional no currículo do ex-ministro. Em 2012, Bastos foi contratado pelo empresário Eike Batista para defender o filho Thor Batista, que respondia por um atropelamento.
Nos últimos dias, articulava também as defesas das empresas Odebrecht e Camargo Correa dentro do processo da Operação Lava Jato.
Além disso, Bastos é também fundador do movimento Ação pela Cidadania, juntamente com Severo Gomes, Jair Meneghelli e Dom Luciano Mendes de Almeida e fundador do Instituto de Defesa do Direito de Defesa.
Morre ex-ministro Márcio Thomaz Bastos
Feito por Marília Rocha