A galera que começou a acompanhar a NBA nos anos 80 e 90 gosta de encher a boca para falar que “aqueles eram os anos dourados!” O pessoal lembra dos monstros sagrados do Dream Team e fica saudosista. Com sucessivas expansões na liga entre 1989 e 2003, o talento disponível ficou mais diluído, e os supertimes como os Lakers e Celtics dos anos 80, os Bulls, Knicks, Rockets e Jazz, entre outros dos anos 90, foram ficando mais raros. Em 2015, porém, estou pronto para afirmar: os bons tempos voltaram.
O basquete internacional evoluiu para suportar a demanda crescente da NBA, e a maior competitividade estrangeira forçou a reformulação do sistema de formação interno nos EUA. Hoje se produz mais jogadores de qualidade do que nunca, e mesmo os mercados mais jovens da liga estão melhor preparados para recebê-los. O resultado é uma liga em que a competitividade é cada vez maior, e onde times que em outras eras brigariam no topo agora terão dificuldade para sequer chegar à pós-temporada.
No ano passado, Cleveland e Golden State eram os únicos que se qualificavam como “supertimes”, e ainda há quem diga que Houston, finalista do Oeste em 2015, e Oklahoma City Thunder, com reforços ao redor de Kevin Durant e Russell Westbrook, também são supertimes este ano. Abaixo desses, há vários outros que talvez não qualifiquem como “super”, mas que podem simplesmente se encaixar bem, ganhar confiança e engrossar o caldo para qualquer um: os quatro do Leste citados no parágrafo anterior, mais Memphis, Indiana, Miami, Denver, Boston, Utah, Milwaukee, entre outros. Mesmo os times de que menos se espera podem surpreender a qualquer noite.
Tudo começa de novo nesta terça-feira. Aproveite, amigo fã da NBA. Talvez você não tenha visto Magic, Jordan, Bird e Kareem, mas LeBron, Harden, Curry e Durant não são maus substitutos, nem seus muitos bons companheiros e rivais.