As recentes revelações de espionagem envolvendo os EUA pautaram inúmeros memes na internet. Em uma fotomontagem ficcional, um garotinho interpela Obama: “Meu pai disse que você espiona a nossa vida”. “Ele não é seu pai”, responde o presidente, aludindo à informação sobre relações extraconjugais da mãe do garoto, obtida de maneira privilegiada.
Essa é a forma bem-humorada de lidar com a exposição do cotidiano a um poder invisível capaz de usar o que se sabe contra os cidadãos, para, no mínimo, favorecer interesses de Estado ou corporativos, intimamente ligados no capitalismo norte-americano.
A montagem do sistema de vigilância global coincide com a construção da hegemonia norte-americana a partir da segunda metade do século XX. A Segunda Guerra Mundial levou à criação de uma agência em 1941, a OSS, dissolvida após o conflito.
No mundo pós-1945, a rivalidade das duas potências emergentes, Estados Unidos e União Soviética dividiu o mundo em dois blocos, o socialista e o capitalista, período que ficou conhecido como Guerra Fria. Foi nessa época que o papel dos serviços de inteligência foi crucial para determinar vantagens de um lado sobre o outro através da espionagem e do suporte a grupos simpatizantes, dentro ou fora de suas áreas de influência.
Foi criada, então, a CIA (Central Inteligence Agency) e a NSA (ntional Security Agency). A primeira surgiu em 1947 como uma agência civil independente com função de coletar e analisar informações sobre grupos e países estrangeiros. Já a NSA foi criada em 1952, vinculada ao Departamento de Defesa. Servia, porém, aos outros serviços de inteligência porque atuava na espionagem e contraespionagem eletrônica, envolvendo criptografia, não só de inimigos, mas também de aliados dos EUA.
Com o fim da Guerra Fria, o trabalho dessas agências foi reorientado. Elas passaram a fornecer, por exemplo, informações fonte de espionagem dos fabricantes japoneses que projetavam carros com zero emissão de gases, para empresas como Ford, Chrysler e General Motors, fomentando o desenvolvimento das indústrias e da própria economia norte-americana.
Fonte: Revista Carta na Escola
As origens da espionagem – entenda como tudo começou
VEJA IMAGENS DE ESPIONAGEM NORTE-AMERICANA:
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espionagem norte americana
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