O período de tempo é fator determinante. Segundo José Felipe, não existe uma definição de quanto tempo ela precisa ficar na madeira, mas o comum é no mínimo quatro meses e no máximo três anos, isso para as barrel aged. “As pessoas costumam deixar 12 meses”, diz. Ao longo desse tempo, a bebida pode passar por testes sensoriais para avaliação do resultado. Ele ressalta que o uso de pedaços de madeira no líquido como chips, espirais e lascas têm o objetivo de acelerar o processo. “Tem uma extração maior momentaneamente”.
Entre as vantagens de se trabalhar com madeira está o equilíbrio da bebida e a riqueza que ela ganhará. “A cerveja que ficar um período maior em maturação terá um descanso maior. Ela vai ficar bem mais equilibrada nos aromas e sabores. E a cerveja ganha maior complexidade”, lembra. A partir do envelhecimento, pode-se obter tanto características amadeiradas como aromas e sabores que lembram frutas passa, banana, uva, cerejas, entre outras.
O que também fará diferença é se a madeira já foi usada previamente. Muitas cervejarias utilizam barris que já armazenaram outras bebidas ou pedaços de madeira que foram embebidos em vinhos, whisky, bourbon, cachaça, por exemplo. “Quando se tem um líquido em contato com aquela madeira, é uma troca de aromas e sabores, então se foi utilizada por outras bebidas, vai ter essa característica”, explica.