Carlinhos Brown: Fotos e Biografia
Carlinhos Brown é o nome artístico de Antônio Carlos Santos de Freitas. Ele nasceu em Salvador, 23 de novembro de 1962. Além de ser um dos cantores mais conhecidos do Brasil, é também percussionista, compositor, produtor e agitador cultura. Na Espanha também é conhecido como Carlito Marrón.
Banda Timbalada
Já consagrada nacionalmente, a BANDA TIMBALADA, surgiu no fim dos anos 80, fundada por Carlinhos Brown, que adotou um novo instrumento musical: o timbau. A Timbalada nasceu “no tapa”, como diz o próprio criador, com o objetivo de oferecer um serviço de animação social, um novo ritmo usando o som da percussão, além de resgatar e levar para as ruas o timbau. E conseguiu. A versatilidade de Brown também aparece na banda, que é formada em média por 29 músicos, que tocam teclado, guitarra, timbau, surdo, bacurinhas (instrumento criado por ele parecendo um repique) e naipe de metais. Para preservar a independência da banda, Brown deixou de se apresentar junto com ela.
“A Timbalada não é uma instituição carnavalesca, é uma entidade espiritual, uma manifestação cabocla miscigenada, uma labu laba ladainha. Tive sorte de, no final do milênio, a Timbalada ter nascido – ou renascido – em minhas mãos. A gente queria pegar o timbau e trazê-lo para um contexto de reaproximação social, porque era um instrumento marginalizado. O movimento começou a ficar maior e criamos uma linguagem que ele ainda não tinha. A Timbalada é uma coisa da Bahia, mas não era algo que se encontrava antes na tradição rítmica baiana. Ela chocou. O timbau se adaptou a essa linguagem porque ele começou a amontoar células rítmicas, fazendo fusões e levando tudo isso a grandes mantras, que são os tambores nas ruas quando começam a tocar.
A Timbalada não teve somente o propósito de chocar, mas sim de retomar a cultura angolana na Bahia. Minha fonte rítmica é o dia-a-dia, é a música da vida. Já na letra, que é uma coisa terrestre, para poder escrever, não só me inspiro no cotidiano, mas em vivências e em referências do que vi e gostei. Com relação às músicas, não tenho domínio. Elas vêm de cima. E as melhores eu faço dormindo.
Com quantos calos se faz um timbaleiro? Para alguém chegar a ser um, há que se passar por uma doutrina – não é só chegar e tocar o timbau. Não faço idéia de onde vai dar a Timbalada, mas acho que vai muito longe. Hoje onde há timbau há Timbalada também”.