Abdelmassih foi detido pela Polícia Federal às 13h25 (horário paraguaio), perto da escola onde deixaria os filhos. Ele estava acompanhado da mulher, Larissa Sacco.
Agora Abdelmassih terá que passar pelos trâmites de deportação sumária das autoridades paraguaias para, em seguida, dar entrada no Brasil por Foz do Iguaçu (PR). A expectativa é que isso ocorra o mais rápido possível. Após chegar a Foz do Iguaçu, ele será levado para São Paulo, em data a ser confirmada pela PF.
O médico vivia em Assunção, capital do país vizinho, com a mulher e dois filhos gêmeos, de três anos — um menino e uma menina.
Abdelmassih foi condenado a 278 anos por 52 estupros e quatro tentativas de abuso a 39 mulheres. Ele teve o registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo.
O ex-médico era considerado um dos principais especialista em reprodução humana no Brasil. Após sua condenação e fuga, passou a ser um dos criminosos mais procurados pela Polícia Civil do estado de São Paulo. A recompensa por informações sobre seu paradeiro era de R$ 10 mil.
No entanto, ele sempre alegou inocência. Chegou a dizer que só ‘beijava’ o rosto das pacientes e vinha sendo atacado por um “movimento de ressentimentos vingativos”. Mas, em geral, as mulheres o acusaram de tentar beijá-las na boca ou acariciá-las quando estavam sozinhas – sem o marido ou a enfermeira presente.
Algumas disseram ter sido molestadas após a sedação. De acordo com a acusação, parte dos 8 mil bebês concebidos na clínica de fertilização também não seriam filhos biológicos de quem fez o tratamento.
Médico Roger Abdelmassih é preso no Paraguai
Feito por Marília Rocha