Até alguns meses atrás, o Isis era apenas um dos vários grupos armados sunitas radicais que se opunham ao regime de Bashar al-Assad na Síria. A organização havia ganhado notoriedade por ser uma dissidência da Al-Qaeda, a qual acusou de não ser suficientemente radical.
No entanto, recentemente, o Isis tornou-se EI, a manifestação mais violenta dos pensamentos sunitas, que tentam impor uma versão extremamente conservadora do Islã, contra a expansão do xiismo liderado pelo Irã, com forte influência no Iraque, na região.
Um dos exemplos mais notórios e repercutidos da ação do EI foi a disseminação do vídeo onde um de seus ativistas decapita o jornalista americano James Foley.
De onde vem os recursos
Quem anda se perguntando de onde vem os recursos que dão suporte a atuação do Estado Islâmico pode ter como certeza que a principal fonte são os lucros com a venda de petróleo, já que a região é uma das mais férteis do mundo (o Iraque é o segundo maior produtor de petróleo do mundo, atrás apenas da Arábia Saudita).
Com visão de mercado, o EI vende o barril a US$ 30 no mercado negro – enquanto o preço internacional supera os US$ 100 – por meio de intermediários na Turquia e na Síria.
Acredita-se que o EI tenha entre 5 mil e 6 mil combatentes no Iraque e entre 6 mil e 7 mil na Síria, segundo dados de Charles Lister, pesquisador do Brookings Doha Centre. Sua ofensiva e conquista de territórios sírios, no entanto, tem sido rápida, o que preocupa especialistas.
Estado Islâmico
Feito por Marília Rocha