Reconhecida pela grandiosidade de seus carros alegóricos, a Império de Casa Verde, segunda escola do Carnaval 2016 de São Paulo a entrar neste sábado (6) no Anhembi, tentou quebrar o jejum de dez anos sem títulos trazendo uma nova ótica. O responsável por essa mudança foi o carnavalesco Jorge de Freitas, ex-Rosas de Ouro, que teve o desafio de fazer um desfile com a sua assinatura, mas sem perder a identidade luxuosa do “Tigre Guerreiro”.
A combinação deu certo e a agremiação da zona norte de São Paulo apresentou alegorias e fantasias ainda mais suntuosas do que de costume, em um desfile tradicional, que apostou em muitas plumas, fantasias bem acabadas e volumosas, que deixaram as alas compactas e bem preenchidas.
O enredo, bem abstrato, falou do mistério da vida. A proposta era viajar por tudo aquilo que o homem busca explicação, como os mistérios da fé, da morte, de civilizações antigas ou míticas e da vida em outros planetas.
A junção da “megalomania” da Império com o pendor para o luxo de Jorge de Freitas resultou também em carros gigantes, como o enorme abre-alas, dividido em três módulos, ladeado por tigres de grandes proporções e com fontes de água, representando a cidade mítica do Eldorado.