As temperaturas máximas devem passar dos 30°C em média em todo o Brasil, podendo atingir mais de 35°C em alguns dias. “Esse é o impacto do fenômeno El Niño, que tem ocorrido com muito mais frequência e tem sido cada vez menos duradouro”, afirmou Anna Barbara Coutinho de Melo, meteorologista do CPTEC. De acordo com ela, essa é a principal diferença entre os verões 2013/2014 e 2014/2015.
Fenômeno já conhecido também em decorrência do calor são as precipitações. Quanto mais calor maior é tendência de pancadas de chuva de curta duração e forte intensidade, sobretudo a partir da tarde, de forma localizada e acompanhada algumas vezes por descargas elétricas, rajadas de vento e eventual queda de granizo.
As ocorrências de chuvas devem ser mais expressivas, como aponta o CPTEC, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte. A convergência de umidade nessas áreas pode favorecer a persistência das chuvas por um período superior a quatro dias e, diante dos acumulados de água, provocar inundações. Ainda assim, o clima nessas áreas também favorece, eventualmente, períodos de estiagem com duração média de 4 a 15 dias.
Na região Nordeste, as chuvas devem ser mais frequentes no Maranhão, centro-sul do Piauí, oeste e centro-sul da Bahia. Ainda segundo as previsões do CPTEC para o trimestre – de dezembro de 2014 a fevereiro de 2015 -, há uma maior probabilidade de escassez de chuva no norte do Norte e no norte do Nordeste. Já na região Sul, as chuvas deverão ser bem distribuídas ao longo do ano.
Quando começa o verão
Feito por Marília Rocha