LONDRES, 22 Mar (Reuters) – A economia da zona do euro registrou uma inesperada piora em março, afetada pela forte queda na atividades industrial da França e da Alemanha, mostraram pesquisas nesta quinta-feira.
O PMI Composto da zona do euro do Instituto Markit, que mede a atividade de empresas manufatureiras da região, caiu para 48,7 em março, ante 49,3 em fevereiro, ficando abaixo da marca de 50 que separa o crescimento da contração e finaliza o primeiro trimestre do ano de maneira decepcionante.
Os índices de gerentes de compras (PMIS, na sigla em inglês), que captam como milhares de empresas se comportaram ao longo do mês, efetivamente minaram qualquer esperança remanescente de que a zona do euro pudesse evitar a queda em uma nova recessão.
De forma mais preocupante, a pesquisa sugeriu que a atividade em pesos pesados econômicos como França e Alemanha está começando a enfraquecer, com a taxa de desemprego aumentando em todo o bloco no ritmo mais rápido desde março de 2010.
“A economia da zona do euro se contraiu em um ritmo mais rápido em março, sugerindo que a região entrou de novo em recessão, com a produção agora tendo queda tanto no último trimestre do ano passado como no primeiro de 2012″, disse economista-chefe do Markit Chris Williamson.
“Tivemos um elevação no início do ano, o que esperávamos ser uma recuperação da economia, mas isso parece estar perdendo força.”
Ele disse que as pesquisas apontam para uma contração de aproximadamente 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre. Após o recuo de 0,3% no quarto trimestre do ano passado, isso significaria que a zona do euro está agora em recessão.
Economistas consultados pela Reuters consideram que a economia da zona do euro vai se contrair em 0,3% durante 2012.
Os PMIs de Alemanha e França foram piores do que a maioria das expectativas pessimistas de dezenas de economistas entrevistados pela Reuters.
Com as duas maiores economias da zona do euro em dificuldades, Williamson disse que é difícil enxergar o que poderia impulsionar o bloco nos próximos meses, especialmente porque muitos dos países menores já estão em recessão.
Fonte: Reuters